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 Capítulo 1 – O nevoeiro de Kiri(parte 2)

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Hitsu

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MensagemAssunto: Capítulo 1 – O nevoeiro de Kiri(parte 2)   Capítulo 1 – O nevoeiro de Kiri(parte 2) Icon_minitimeTer Jun 04, 2013 9:18 pm

Capítulo 1 – O nevoeiro de Kiri(parte 2)


Passeava por Kirigakure. Os mercadores exibiam os baldes de arroz à chuva e eu circulava pela multidão escondido por trás dos seus chapéus típicos. Redondos. Quase parecia um espião, só não o era porque eles não existem, até serem descobertos. O meu sentido foi apanhado por outro. Trocamos olhares, era aquele ninja com quem tinha feito uma missão, Kurai. Adoro a sua emoção, quase de troça com a sua existência. E os problemas e dúvidas não eram existenciais, muito menos problemas. Nada passava da simples constatação, o mundo está mal, e talvez assim fique. Se vale a pena viver ou não, isso valia. Nem que não fosse para eliminar todos aqueles que tornam a resposta anterior num não. E notem a profundidade, não se trata de matar, mas sim deixar viver. Ele também reparou em mim.

Não sei como descrever o momento em que não nos tocamos, não nos olhamos. Apenas senti vento. O coração parou e depois continuou. Dei a volta completa. “Venham, venham”, gritava um mercador enquanto largava na balança um peso de um quilo. Este vendia peixe, mas claramente roubava as pessoas. Aquele peso não tinha um quilo, nem um e duzentos. Observei-o a tarde completa. Não era bonito. A noite caiu, decidi segui-lo. Como é óbvio, levei aquela cor cinzenta no meu carácter que cobria as minha práticas sangrentas. Ele não sabia de mim. Era descuidado ou apenas um mero mortal. A sua casa não era longe, vivia sozinho. Colocou o dinheiro todo numa mesa e deu uma grande gargalhada. Depois apareceu uma moça a porta. Não era difícil para mim perceber. Aquela princesa pertencia exercia à noite a mais velha profissão. E isto repudiava-me ainda mais. Alguém a pagar mais pela desgraça daqueles dois. Decidi ficar a observar. Deu-lhe com força, num espectáculo curto, mas excitante.

E depois gritou com ela:
-Sua puta maldita, desaparece, não chega o prazer que te dou!!! – Disse ele exibindo a sua espada. E para quem tem dúvidas era um lâmina grande. E para quem ainda as tem era mesmo uma espada, não um tecido ereto.
- Por favor, um pouco para minha filha!

Ele atacou-a com a espada, tentou matá-la. Os meus pés iam mover-se, mas ouvi as folhas ao meu lado rugirem. Estava lá outro ninja. Ele colocou-se à frente da rapariga. Os seus olhos não rugirão, o seu coração era calmo. Não sentia sequer adrenalina. Os seus braços agarraram os ombros do mercador com força e uma joelhada no abdómen foi o que ele teve. Ele caiu contorcendo-se de dor e revelando entre aqueles dentes sangrentos um “malditos ninjas”.
- Malditos vós que apodreceis este mundo. Que deixam a ganância dominar-vos e destroem a vida dos outros. – disse o ninja que ainda não revelava a sua face.

O outro levantava-se agora com a espada erguida. O ninja apenas disse: “Não serei o único a cuidar deste país.” Afastou os braços do corpo e fechou os olhos. O atacante correu para ele e foi aí que intervi. Num piscar de olhos apareci ao lado do mercador com uma agulha de gelo perto do seu pescoço. Para minha surpresa Tsuki tambem apareceu e libertou um osso do seu pulso que bloqueou o ataque. Os nossos olhares eram desfocados e agora Kurai abria os olhos, sem surpresa. Ele contava connosco, ele já nos tinha visto ali. Tsuki deu uma grande passa no seu cachimbo, cuspiu o fumo e disse: “Rapariga, por favor. Pega no dinheiro em cima da mesa e vai para perto da tua filha. Desculpa o atraso.” Ela pegou e saíu, sem falar, talvez com medo.

Depois tudo foi simples e sangrento. Uma justiça violenta, quase uma injustiça. O mercador libertava sangue e absorvia dor. Nem lhe toquei, nem Tsuki, quase como um acordo: Quem o apanha primeiro, mata-o. Estávamos todos a desfrutar de ver aquele palhaço receber o merecido. Mas Kurai estava ainda mais feliz. Apesar da sua cara transmitir pouca energia ou emoção era quase impossível não o sentir. Uma aura sádica e alegre, excitada pelo sofrimento causado aquela alma que perto, em espaços temporais, passaria a constituir-se a ela própria sem um corpo. Delicioso. O último golpe foi violênto. Um impacto na cabeça tão forte, cujas próprias laminas tiveram medo. Mas ele não. Salpicou por inteiro a casa de sangue ácido. No momento seguinte todos tínhamos desaparecido. Tínhamos perdido o rasto uns dos outros.

No dia seguinte fomos chamados, como alguns Gennins graduados para o centro da vila. A Mizukage ordenava bem alto: “Equipa 3: Tsuki! Hitsu! Kurai!”. Ela perguntou: “Qual vai ser o nome da vossa equipa?”. Um segundo depois respondemos em coro: “O nevoeiro de Kiri”. E assim ficou. A equipa de três, com três filhos do massacre, sem pais biológicos, sem um passado simples ou um presente alegre. Três perfeitos shinobis, cheios de potencial e vontade de matar para ver viver. Não poderia ter sido melhor escolhido. Era o início de uma história e quem sabe o fim do mal.

- Pergunto-me porquê, o nevoiro... E por quê o coro. – Dizia a líder da vila oculta.

Não é óbvio? O nevoeiro de Kiri aquele omnipresente. A indefinição das formas, das emoções e à indiferença e ocultação da violência sádica. Aquele que se levanta revelando novas realidades, trazendo a esperança da mudança e da regeneração. Talvez uma paz verdadeira onde o ódio não tem qualquer vantagem e a ganância não existe.

- Sabes? – Dizia Mizukage para o seu fiel acompanhante – Preocupa-me se o nevoeiro de Kiri se transforma num Tsuki no me, onde eles se tornam os verdadeiros olhos da lua e controlam o mundo, não através de uma técnica normal de genjutsu, mas pelo próprio genjutsu do medo.



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