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 Capítulo 1 – O nevoeiro de Kiri(parte 1)

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Hitsu

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MensagemAssunto: Capítulo 1 – O nevoeiro de Kiri(parte 1)   Capítulo 1 – O nevoeiro de Kiri(parte 1) Icon_minitimeSeg maio 27, 2013 12:03 am

Capítulo 1 – O nevoeiro de Kiri


Parte 1:

O nevoeiro de Kirigakure. Não imaginam como é bonito, depois de todo o massacre. Ainda assim nasci numa era em que nada é o que era, para melhor. Viajo pelas ruas sem medo de erguer o meu coração de gelo. Mal as pessoas sabem que não tenho um.

Viajava perto da academia ninja. Encontrei uma turma a ter aulas no exterior, com kunais. Em alguns deles via o desastre, não sabiam o que estavam a fazer e duvidava que algum dia aquela chega-se a ser a sua praia. Mas noutros... Os seus olhares eram tão intensos, como que já manchados pelo sangue que iam libertar no futuro. Existe aquele rapaz, de pele morena. Não sei como explicar. Não falhou uma única marca. Todos olham para ele, como todos olhavam para mim quando não falhava um senbon no alvo. Também ajudava o facto de ter uma linhagem que tinha resistido ao massacre. De ser único e invulgar. O meu professor viu-me, pendurado numa árvore de cabeça para baixo:

- Hey Hitsu, anda cá, mostrar a estes rapazes como se faz!

Eu fui, e ele pediu-me que lança-se os senbons para os alvos. Assim o fiz, facilmente acertei em todos. O miúdo não ficou impressionado. Existia algo nele que existe em todas as turmas. Existia o facto de ser um génio. É pena que em algumas gerações eles sejam tão arrogantes que não se suportam. Ele não conseguiu evitar e desafiou-me. Preparei alguns senbons e começamos a lançar aos alvos. Ele acertou um em cada um dos cinco alvos. Eu tinha acertado dez, de gelo, deixando o meu próprio professor pasmado. O rapaz ergeu a cabeça para mim impressionado e eu sorri-lhe:

- Por melhor que sejamos existe sempre alguém melhor, não é?

Por simpatia o professor convidou-me para uma noite de “sake”. Ia recusar, mas acabei por aceitar, tinha saudades dele e queria saber como ia ser a próxima geração de ninjas:

- Claro, vemos-nos no “Velho sake!”

E assim fui, eu apareci já ele lá estava, com um copo na mão, numa mesa. Acompanhei-o.

- Então, professor, que tal vão as novas gerações?

- Oh, deixa-te disso, chama-me Hovo! Estão bem, aquele miúdo que hoje tentou competir, não sabemos a sua linhagem ainda, mas promete. Tem uma capacidade completamente fora do normal. E não tem pais conhecidos, como a maior parte das linhagens aqui de Kirigakure.

Chegou a mesa uma rapariga alta, e sentou-se ao lado de Hovo:

- Então que tal vai isso? – Ela perguntou olhando para o seu copo vazio.

- O normal, vocês crescem eu envelheço. Este aqui é Hitsu, um dos meus melhores alunos da academia.

Lembrava-me do seu rosto da academia. Andava um ano atrás de mim. Mas o professor libertou-me da minha ignorância:

- Esta aqui é Tsuki. Vocês são parecidos. Ela graduou-se, escapou ao ultimo ano. Superou quase toda a turma do ultimo ano em várias disciplinas e nós decidimos que ela estava pronta para as missões. Mais uma rodada, pago eu!!!

Ele pagou, a senhora trouxe os copos e depois Hovo começou a javardar. Tinha encontrado o seu amigo do engate e não largavam as meninas por detrás do balcão. Eu e Tsuki estávamos frente a frente. Fez-se um silêncio grande. Ela pegou no seu cachimbo, abriu um saquinho de tabaco. Acendeu. O fumo encheu o ar e a sua voz tornou-se relaxada, a sua atitude aberta e passiva, os seus músculos deixaram de o ser para serem apenas ela.

“Queres?”. E eu dei uma passa. E o fumo encheu-me e fugiu-me. A minha voz tornou-se calma, a minha atitude quente e calma e a minha mente deixou de o ser para ser apenas eu.

- Então diz-me Hitsu. Já fizeste alguma missão?

- Já, uma. Conheci um uchiha e um utilizador meiton.


- Que equipa deliciosa, mas não estou impressionada – Ela ergueu o braço e um osso saiu até ao meu queixo. E depois voltou a entrar. Tinha-o feito para me impressionar.

- Eu não disse que o estava – Disse eu empurrando um espigão de gelo contra a sua cara, levemente.

- Agora estou. Nunca julguei conhecer alguém como tu.

- Digo-te o mesmo senhora.

- Então diz-me já mataste alguém?
– A sua pergunta foi dita com estranha naturalidade. Eu fui honesto:

- Já. Ela estava aleijada, na beira de um rio e eu coloquei a mão na sua cabeça. E enquanto via os seus olhos perder a esperança ela perdeu tudo o que lhe restava.

- Foi mesmo necessário?

- Sim
– Respondi secamente e ela ficou satisfeita.

Acabamos o seu cachimbo. Eu um pouco e ela quase todo e fomos embora dali. O professor já tinha tirado a camisola e estava agora totalmente louco no balcão. Toda a gente parecia divertida. Toda a gente parecia bêbeda. E ela falou novamente:

- Não precisas de me acompanhar a casa.

- Vamos para casa?

- Assim pensei.


Demos por nós a correr pelos campos que rodeiam a vila. E a espiar as aldeias. Era giro ver uma aldeia deserta. Nada mexe mas tudo acontece. Principalmente pela companhia feminina. Não sabia o que sentia. Alguma atração, mas não podia ser isto o chamado amor que nunca consegui sentir. Os meus pensamentos foram atropelados por uma rapariga que passa pela noite, pelo caminho por que nós viemos. Ela não nos viu, mas teve medo. Aquela hora qualquer bandido podia aparecer. E apareceu:

- Ui que linda que temos aqui!

- Por favor não me faça mal
– Replicou a moça para o homem que a assustava.

- Tsuki! – disse eu baixo ao que ela respondeu.

- Eu sei. Deixa acontecer. Não queremos intervir a não ser que seja necessário. Ou queres que eles odeiem ainda mais as linhagens?

O seu olhar era calmo como meu, a sua paciência não parecia paciência, parecia trabalho. O seu bem estar não existia. Era apenas um observador passivo ao lado doutro. E a cena continuava:

O Homem empurrou-a para o chão. Ela caiu, magoada. E ele pôs se em cima dela, lambeu-lhe a face. As lágrimas da rapariga caíram no chão e ele esticou a mão para a cintura da rapariga. Ai ambos desaparecemos, eu pontapeei a sua cara com força afastando-o da rapariga. Tsuki agarrou nele enquanto eu ajudei a rapariga a levantar-se. A voz da ninja foi clara:

- Queres, ou posso?

- Podes.


Estiquei a minha mão para a esquerda tapando a cara da moça por uns segundos. E depois vi. Os olhos secos de Tsuki nos meus, enquanto agarrava o Homem. Com uma mão tapou-lhe a boca, com a outra por baixo do queixo esticou um osso que atravessou o crânio do homem sem fazer qualquer som. Em todo aquele gesto magnifico os seus olhos continuavam em mim, sem emoção. Depois retirou o seu interior do interior dele. Agarrou no seu queixo e atirou-o para fora do caminho. Depois finalmente voltou à sua mascara. Sorriu para a rapariga quando eu retirei a mão da sua cara e disse:

- Desculpa termos chegado tão tarde - As lágrimas dela tinham secado e agora abraçava-nos. Levamos a rapariga a casa. Não ficava longe. Ninguém falou. Quando chegamos a rapariga disse “Vocês mataram-no não foi?” e nós “Sim” e ela “Obrigada. Não vos julgo por isso. Foi o que eu desejei fazer. É bom saber que existe gente por aí que olha por nós. Querem um chá?”. E recusamos o chá. Voltamos à vila. A meio do caminho perguntei:

- Foi a tua primeira vez?

- Sim

- Saíste-te bem.

- Obrigado.

Ficamos a ver o pôr do sol quando chegamos. Nascia agora numa bela brisa da manhã. O nevoeiro não tinha marcado aquela manhã. Talvez o futuro reserva-se um dia melhor a nascer. No telhado da sua casa, o frio não importava, o tempo não importava. Ela encostou a cabeça no meu ombro. Senti-me baixo. A sua trança deu a volta ao meu corpo. E assim ficamos até a luz ser mais que muita. O calor já se fazia sentir e as pessoas abriam as janelas e agradeciam a quem quer que tivesse sido que tivesse livrado Kirigakure do seu nevoeiro por um dia.

Já em casa deitei-me e vi-a. Vi os seus olhos nos meus. Vi a sua frieza enquanto destruí-a a sua presa. Como uma aranha embrulha a mosca. Como uma cobra afoga a sua presa. Foi delicioso. Era uma excelente ninja, disso estava certo. Nunca me vou esquecer daquele osso que por força maior atravessou a pele do seu dono, atravessou a pele da sua vítima, furou-lhe o tecido muscular da língua, atravessou o osso do seu da boca e furou um buraco no cérebro, retraindo depois calmamente. Nunca vou esquecer a minha mão na face daquela moça para evitar que tivesse pesadelos. Nunca a manhã de ontem quando o céu sorriu para nós. Talvez o mundo seja melhor agora.
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