Missão [D]: População de pragas

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E ali estava, ao frio a vigiar a minha equipa. Não tardou a aparecer Hakun que me substituiu. A noite foi tranquila, sem problemas. De manhã tinha que pensar o que fazer. Era uma grande responsabilidade comandar uma equipa ninja e eu sabia-o. As coisas no dia anterior tinham corrido bem. Kurai esteve lá para ajudar o uchiha quando foi necessário.

- Hoje vamos separar-nos novamente. Mas o importante é descobrir o local onde Torin está. Teremos de o capturar o mais rapidamente possível. Sem a alimentação artificial esta praga desaparece em algumas horas. Eu acompanharei Karin novamente e vocês verificarão se aqueles dois voltarão ao mesmo local para despejar o alimento.

Todos concordaram. Hakun e Kurai arrumaram o seu equipamento e desapareceram em missão. E eu ali fiquei esperando que Karin tivesse todos os seus equipamentos. Mal chegamos à aldeia encontramos as portas fechadas, mas uma senhora no seu quintal cumprimentou-nos e foi para dentro.

- Hitsu, olha!

Karin referia-se a uma grande quantidade de peixes venenosos no rio, perto do quintal da velhota. Ela estava provavelmente ligada. Então, suavemente como uma pena usei um Shunshin para perto da porta traseira e escutei, não perdendo de vista a biologa. Tudo parecia normal, até ela sair de casa novamente:

- Que estás aqui a fazer ? – ela perguntou admirada.

- Isso pergunto eu. Como tem todos estes peixes à porta de sua casa?

- Eles aparecem. Sempre que despejo as cascas de marisco eles aparecem e comem. E parece que já decoraram a hora... São uma criatura extraordinária!

A velhota estava maravilhada e eu olhei para a biologa tentando perceber se o que ela estava era verdade. Ela encolheu os ombros e isso chegou.

- Então tenha um bom dia. – disse eu sorrindo.

Voltei para perto de Karin para saber qual era o próximo passo. Ela parecia ter tido uma grande ideia.






Hakun e Kurai cumpriram com o plano e ao chegar ao sítio foram surpreendidos por um maior número de ninjas. Todos eles alimentavam os peixes, mas desta vez eram seis. Hakun ficou enervado e disse com raiva “Desta vez vou arrancar-lhe os dois braços e atira-los ao rio.” E obteve logo uma resposta: “Não Hakun, vamos segui-los. Cumprir a missão. Eles não darão por nós se formos cuidadosos”. Kurai tinha razão, uchiha estava irritado e isso não podia permitir boas decisões. Era melhor ser ele a obedecer. Os observados foram todos, na sua atitude arrogante enquanto os habilidosos ninjas os seguiam habilmente usando vários Shunshins.





Karin:
“O que eu vi naquela casa foi fascinante. Os peixes têm memória. Eles voltaram ao sítio da sua ultima refeição. Então se eu poder recriar as condições de reprodução eles deverão querer voltar ao sítio onde nasceram, se os seguirmos seguir teremos uma nova pista.”

- Bom trabalho Karin – disse eu sorrindo – então do que precisas.
- Basta urinares na água e depois eu depois inserirei estas amostras que retirei do rio na época de reprodução normal. Apesar da quantidade ser pouca a concentração deve cobrir esse problema. Hitsu, vai ser difícil acompanhá-los para mim, deves seguir sozinho daqui em diante.
- Nem pensar, vais comigo. – disse eu fechando o feixo.
- Eu não sou capaz... – disse ela sem perceber. Apesar de ser ligeiramente maior que eu ela provavelmente seria capaz de levantar o sei corpo frágil. Depositou rapidamente as amostras na água. Os peixes começavam a ir-se embora e então eu executei o planeado:

Peguei nela com os meus dois braços, uma mão nas costas e outra por baixo dos joelhos, levantei-a com força. O seu peso era significativo, mas não me retirava demasiada mobilidade. Os seus olhos eram belos e admirados de perto e os seus lábios tão apetecíveis. As coisas que acontecem por acaso...

- Hitsu!!!!
- Não te preocupes, vai durar pouco.

Corri para a água, concentrei chakra nos meus pés e corri sobre ela, rapidamente. À medida que os peixes iam subindo o rio eu aproveitava as rochas para impulsionar-me, reduzindo a distância rapidamente entre mim e o cardume. Os meus braços começavam a marcar o limite, mas isso não foi um problema. Estávamos no local.

Era uma zona não habitada com uma casa ao longe. À volta passava apenas um caminho com marcas de pegadas, na lama. “Deve ser ali.” Disse eu enquanto pousava aquele gentil peso no chão. “Por favor evite qualquer batalha”. E ela concordou. Mas era já tarde. Nós tínhamos sido avistados e voavam na nossa direção várias kunais. Concentrei o chakra Hyouton e após fazer os selos por baixo do queixo criei algumas agulhas, com peso suficiente para alterar a tranjetória das armas. Aquele era um tiro crítico, não podia falhar. Apontei e lancei as armas contra os objetos atacantes. A colisão foi o suficiente para nos tirar de perigo. Os olhos dela estavam agora repletos de medo. Era impossível ela colaborar. Tinha de acabar com eles e protege-la. Olhei para a minha frente. Eram apenas três adversários, mas pareciam perigosos. Um deles estendeu os braços para cima formando uma bola de raio entre elas. Os outros dois corriam para nós. A bola foi lançada e tinha pouco tempo para a contrariar. Lembrei-me do que tinha aprendido na academia. Fuuton contraria Raiton. Então juntei aos mãos rapidamente e marcando o ritmo fiz um, dois, três selos e criei uma rajada de vento que desviou a bola contra o chão, travando um dos ninjas que vinha contra nós. O outro corria agora para Karin, puxando o punho direito para trás. Agilmente apareci à frente dele e contrariei-o com um murro forte nos abdominais e agarrando no seu corpo, que agora caía sobre mim, espetei um senbon no seu pescoço, com força, penetrando até à coluna vertebral. Com uma kunai aquele teria sido o seu último suspiro, mas aquele golpe deixou-o praticamente paralisado e com imensas dores. Depois saltei para trás pousando a mão no ombro de Karin: “Vai ficar tudo bem” disse eu sorrindo. Mas aquilo estava complicado. O outro ninja vinha agora na minha direção e golpeava forte os meus braços enquanto eu tentava defender os seus golpes. Eu aguentava aos poucos e contra atacava com vários pontapés baixos que pareciam não ter efeito. Ele era forte e resistênte. Cometi o erro de olhar nos seus olhos negros. De repente estava num genjutso em que via o seu corpo com vários punhos. Pus as mãos à frente da cara, mas não valeu a pena. O seu golpe foi simplesmente demasiado forte, projetando o meu corpo contra uma árvore. As minhas costas acabaram por danificar a árvore e sentia agora o saber desagradável da dor a escorrer na minha boca em meio líquido. Tudo tinha virado sério, não era altura para desistir. Levantei-me em esforço e sustendo o movimento do chakra no meu corpo libertei-o todo de uma vez em conjunto com o selo feito e um grito marcado: “KAI!”. O ninja dirijia-se agora a Karin que estava de joelhos com medo do que ele lhe pudesse fazer. Então novamente o meu corpo desfez-se em água num movimento rápido apareci entre ela e o atacante, apoiando as mãos no chão dei-lhe um pontapé forte por baixo do queixo acabando por inevitavelmente o projetar para trás caindo ele sobre o seu próprio peso. Quando se ia levantar eu ataquei sem piedade deixando-o inconsciente enquanto gritava ao seu ouvido “Devias ter-me morto quando tiveste a chance”. Depois de eliminar aquela ameaça lembrei-me do outro que faltava. Ele tinha estado a preparar uma arma que disparava agora contra Karin. Quatro Kunais voavam juntas contra ela. “Aquela velocidade as minhas agulhas não chegaram para evitar o golpe pensei.” Então fiz os selos rapidamente e usando o meu chakra Fuuton, já perto da exaustão criei uma rajada lançando alguns senbons contra o ninja ao mesmo tempo, acabando por lhe acertar três na zona da cabeça e afastar as kunais. Contudo elas trasportavam um selo explosivo que ardia agora perto da biologa. Ela sorria e não sabia o que ai vinha. Então as palavras da Mizukage explodiram na minha cabeça: “A vida da biologa é a mais importante. Vocês são ninjas, ela não, não está preparada para morrer”. Então num último esforço movi-me instantaneamente para perto dela e empurrei-a com força cobrindo-a para evitar o dano da explosão. Ela saiu bem com uns arranhões, mas eu estava agora no chão, olhando para o rio e para o céu. Perguntando-me se era o fim enquanto o líquido que me mantém vivo me abandona. A visão ficou turva, vi a cara dela a chorar... E infelizmente de nada tinha servido. Apareceram seis ninjas que estavam espantados com o caos. Um deles apontou o seu dedo em forma de pistola para mim, como que para me afastar da minha dor e deste mundo. “Desculpa Karin” foi o que surgiu da minha boca. Uma gota de água escorreu para a ponta do dedo. Estava pronto a disparar aquele jutsu suiton. Os meus olhos estavam quase a fechar-se e o meu ultimo olhar seria aquele. Nem um sorriso nem uma lágrima... Adeus mundo! A esperança tinha me abandonado. Mas alguém a trouxe de volta. Um vulto aparece do nada e com uma espada elegante corta o braço que o ninja apontava aquele golpe. O seu braço caiu no chão, o sangue escorreu... Era Hakun que sorria para mim. Tinha-me salvo a vida. O verdadeiro timing de um Sennin. Aqueles tinham sido os ninjas que eles seguiram. A minha consciência abandonou-me, desmaiei com as lágrimas de Karin na minha face e as suas mãos nos meus ombros. “Hitsuuuuu...!!!!! Não...”

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