Osorezu acordou transpirado. Aquele sonho tinha sido demasiado real, facto que o assustou um pouco. Agora, mais que nunca, ponderava seriamente a existência de Myoboku e o que faria ou não faria se de facto alcançasse a terra sagrada. De qualquer das formas, estava decidido a levar a sua viagem até ao fim e para isso havia que cumprir o plano. A próxima paragem seria Crater City, não muito longe de Otafuku.
O jovem apressou-se a sair do hotel pela frescura da manhã. Tinha-se deitado cedo e estava bem desperto, por isso aproveitou o momento de mais calma da cidade para retomar o caminho. Ao abandonar os portões da cidade retirou o livro azul da sua mochila e começou a ler. Falava acerca dos tipos de Kuchiyose, das habilidades de cada uma e de como evocá-las. À medida que caminhava lia para seu divertimento e fascínio. Tomou um interesse muito grande por estes aliados, mas sobretudo pelos sapos. Identificava-se, de alguma forma, com eles. O seu interesse pelo livro tornou-se tão grande, que o ritmo de caminhada diminui consideravelmente.
Apercebendo-se de que não chegaria a Crater City naquele dia, decide montar a tenda pouco antes da hora do almoço. O local do acampamento ficava muito perto de um rio, onde poderia pescar facilmente o seu manjar. Depois de instalado, fez os possíveis para capturar o seu almoço e utilizou os poucos ingredientes frescos que tinha para o cozinhar. Oso era um excelente cozinheiro. Os livros de cozinha e de receitas não eram os seus predilectos, mas nem por isso deixava de os ler.
O local do acampamento era muito relaxante e convidativo a sessões de leitura e preparação. Como não havia qualquer tipo de prazos, o jovem decide ficar por ali algum tempo antes de regressar à estrada. Nessa tarde planeava continuar a ler o interessante livro azul e no dia seguinte treinar, como de resto assim o fez.
[Treino 3]
Na manhã do quarto dia fora de Konoha, o jovem regressou ao caminho. Crater City não ficava muito longe, aliás, ao fim da manhã já podia avistar a cratera. Crater, como o próprio nome sugere, foi construída em cima de uma “cratera”. À medida que se ia aproximando das bordas da depressão terrestre, conseguia avistar mais e mais casas. Ao contrário de Otafuku Gai, esta cidade era mais calma, mais pequena e menos movimentada. A cidade em si parecia menos evoluída e moderna, no entanto mais aconchegadora. Os edifícios eram baixos, ao contrário do que esperava Osorezu.
- Uma cidade construída numa depressão deve ter casas altas para prevenir danos em inundações – pensava o ninja muito enganado.
Na cabeça do rapaz de Konoha, estas habitações estavam muito mal pensadas. Talvez pela má situação geográfica, Crater city não tivesse progredido tanto ao longo do tempo.
Descendo até à vila, procura sítios onde comprar alimentos frescos ou onde almoçar. É aí que se apercebe de uma pequena feira ou festival que está a decorrer não muito longe da entrada principal. Ele sabia que esta zona era conhecida pelas feiras regulares ao longo do ano, mas não esperava ter a sorte de poder ver uma. No meio de tendas e tendeiros aproveitou para comprar os seus legumes, carnes e peixes fumados, mais algumas conservas e condimentos e ramen para o seu almoço. As massas estavam muito boas, mas nada que se compare com as de Ichiraku. Quanto ao restante, estava tudo muito bem arrumado em sua mochila. O caminho que o esperava, até Port City, era o mais longo da viagem sem vilas intermitentes onde pudesse descansar ou comer, por isso todas as provisões eram bem-vindas.
Esta não era uma cidade do seu interesse, como tal tentou perder o mínimo de tempo possível dentro dela. Em menos de nada regressou carregado á superfície para prosseguir na sua jornada.
Caminhou por florestas e por algumas montanhas com sentido à costa marítima de Konohagakure. Dormiu ao relento durante treze duras noites, andando durante nove dias e treinando nos restantes cinco.
[Treinos 4, 5, 6, 7 e 8]
Só ao cair a décima quarta noite é que o shinobi da aldeia oculta da folhagem alcança a tão esperada Port City. Estava muito escuro e tinha-se levantado um pesado nevoeiro, não pôde por isso avaliar a paisagem e o ambiente da cidade portuária. E dadas as horas a que lá chegou, apenas procurou sítio onde dormir e libertar o cansaço acumulado.
Assim que encontrou a pousada, arrumou as suas coisas e apoderou-se da sua confortável cama. Aterrou como uma pedra e começou a dormir profundamente.
Fillers
Sex maio 31, 2013 2:49 pm
